JOAQUIM ANTÓNIO DE AGUIAR

Segue um pequeno apontamento sobre a genealogia do Doutor Joaquim António de Aguiar, personagem de enorme relevo no século XIX em Portugal.

I – ANTÓNIO DIAS MATOSO, natural de Mata, freg, de S. Pedro de Tamengos, casou com MARIA FRANCISCA, a «Lameirinha», natural de S. Mateus, São Lourenço do Bairro, tiveram:

II – MARIA DE S. JOSÉ, natural de S. Mateus, São Lourenço do Bairro, casou com LUÍS ANTÓNIO DE AGUIAR, natural de Ferreirim, Fonte Arcada, filho de PEDRO MARTINS DE AGUIAR, cirurgião, e de MARIA DA ABRUNHOSA, naturais e moradores em Ferreirim, Fonte Arcada, tiveram:

III – XAVIER ANTÓNIO DE AGUIAR, cirurgião, F.S.O por carta de 20 de Junho de 1786, natural da freguesia de Santiago de Coimbra, casado com TERESA ANGÉLICA, natural de Coimbra, filha de JOÃO RIBEIRO DOS SANTOS, mercador, natural de Ceição, freg. de S. Martinho de Medelo, Fafe, e de MARIA RIBEIRA, natural da freg. de Nossa Senhora da Conceição de Ourentã, Cantanhede, neta paterna de ANTÓNIO SIMÕES e de MARIANA RIBEIRA, de Ceição, e materna de ALEXANDRE RODRIGUES e de PAULA RIBEIRA, moradores na Ourentã:

IV – Doutor JOAQUIM ANTÓNIO DE AGUIAR, “o mata-frades”, nascido em 24-08-1792 em Coimbra, Doutor em leis em acto de 24-07-1816, Lente de Direito na Universidade de Coimbra, Presidente do Conselho de Ministros de Portugal em 1841–1842, 1860 e 1865–1868.

Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Coimbra

Recomendo vivamente este espaço (assunto já abordado pelo excelente sítio À Cerca de Coimbra) a todos os investigadores que se dedicam a esta que é uma das cidades mais importantes de Portugal. Os colaboradores deste arquivo são de uma dedicação e simpatia extrema e os arquivos são bastante ricos. Além disto, o site do arquivo disponibiliza um catálogo detalhado das obras nele contidas.

Pormenor do Livro de Registo militar de 1764

Uma das muitas obras que consultei neste artigo foi o livro das Pautas da Justiça do Termo, de Coimbra – 1748-1834. Como exemplo, passo a descrever os oficiais eleitos no ano de 1748 para a freguesia de Almoster:

1º Juíz: MANUEL GONÇALVES PIRES
Escrivão: MANUEL MACHADO DE BARROS
Procurador: ANTÓNIO GOMES
2º Juíz: JOÃO GONÇALVES BORGES

Notas: Descrição dos lagares de Azeite existentes na freguesia:

  • 1 de Manuel Fernandes dos Ariques
  • 1 dos herdeiros de Manuel Fernandes o gordo de Ariques
  • Outro do Pe cura de Almoster, é de Pedro Francisco seu irmão
  • outro de Maria Gomes, viúva de João Simões
  • Um de João Pedro
  • Outro de Manuel Lourenço dos Ariques
  • Outro do Doutor João da Maia do Castelejo
  • Outro do Padre Alexandre (Taborda?) e o traz de renda Leandro Gomes de Couda

Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Coimbra

E-PH1818

Hoje abordaremos o assunto da genealogia genética. Para além de todas as informações pessoais que estas análises nos poderão trazer, os testes para determinação de haplogrupos maternos ou, sobretudo, paternos têm uma relevância acrescida na medida em que nos poderão ajudar a descobrir padrões de migração populacionais com rigor acrescido.

No meu caso pessoal, a procura pelo meu antepassado paterno mais antigo começou pela via genealógica. Nessa medida, os registos existentes levaram à identificação de um senhor chamado Manuel João, de alcunha, “o Coentro”, nascido no princípio do século XVII no couto de Paredes, freguesia de São Lourenço do Bairro (hoje pertencente ao concelho de Anadia). Tenho mais informações históricas sobre este senhor mas tal não vem agora a propósito.

Uma análise de DNA baseada em STR (short tandem repeat), depois confirmada por um “backbone test” , teve como resultado a descoberta do meu haplogrupo como E-M35. Os valores dos STR e a falta de correspondências na população testada indicavam que se tratava de uma variante rara do haplogrupo.

Decidi aprofundar o teste com uma análise de SNP’s através de uma companhia alemã (YSEQ). O haplogrupo terminal obtido (E-PH1818), de cujos descendentes partilham um ancestral comum que viveu há cerca de 7900 anos (estimado pelo site YFULL) é bastante raro e, até ao momento, que eu saiba, não foi encontrado em Portugal (ou em descendentes com origem neste país) mais nenhum caso. No entanto, salvo opinião mais esclarecida, sabe-se que o único ramo Europeu deste haplogrupo tem origem em pessoas etnicamente Britânicas .

A origem geográfica do E-PH1818 parece residir na península Arábica. Como chegou à Europa é um tema ainda por descobrir. Várias teorias poderiam ser propostas, mas a data é simplesmente demasiado remota, por enquanto, para se poder determinar com certeza o trajecto destas pessoas. Certo é que deste senhor existe larga descendência na beira litoral e que teria interesse perceber a sua origem.


The present text addresses the paternal haplogroup of the author of this site : E-PH1818. This is a rare haplogroup, to present and to the best of my knowledge, it is the only case discovered in the Iberian Peninsula and one of the few to appear in Europe to this day.

Melos, da Ourentã

Hoje trataremos mais um ramo da família alargada de Frei Manel dos Santos, os Melo de Ourentã e da Pocariça. Aparentemente, as famílias que usaram deste apelido, como abaixo se demonstra, parecem partilhar uma origem comum no casal Manuel Jorge e Isabel Francisca, da Ourentã.

1 – MANUEL JORGE, n.c. 1570, natural da Ourentã, cc ISABEL FRANCISCA, natural da Ourentã:

2 – MANUEL JORGE “o perna”, n.c.1600, natural da Ourentã cc ISABEL MARQUES, natural da Ourentã (f. de JORGE FERNANDES e ANA MARQUES):

3 – MANUEL JORGE PERNAS, n.c.1630 Familiar do Santo Ofício por carta de 15 de Junho de 1662, natural da Ourentã cc MARIA MANUEL, natural da Pocariça (f. de PEDRO JOÃO, natural da Pocariça e CATARINA MANUEL, natural da Pocariça, n.p. de JORGE JOÃO E BRITES PIRES e n.m. de MANUEL PIRES e ANTÓNIA FRANCISCA):

4 – Pe. JOSÉ BRAVO DE MELO, n. 1664, natural da Pocariça;

4 – MANUEL JORGE SEMIÃO, natural da Pocariça, F.S.O. CC MARIA GALVÃO DE MELO, natural da Ourentã (f. de ANTÓNIO JORGE, natural da Ourentã, F.S.O e MARIA MARQUES, natural do Paleão, Soure, mais à frente);

4 – SEBASTIÃO JORGE PERNAS, natural da Pocariça cc MARIA PEREIRA, Ourentã (f. de ACÚRSIO PEREIRA, F.S.O. por carta de 7 de Março de 1669, natural da Pedreira, Vilarinho do Bairro e ISABEL GALINDRES, natural da Ourentã):

5 – Frei MANUEL DOS SANTOS, n. 1672, f. 1740, natural de Ourentã, monge cisterciense no Covento de Alcobaça, Cronista-Mor do Reino de Portugal.

4 – ANA MARIA DE MELO, n. 1649, natural da Pocariça + MANUEL PIRES “pelouro”, natural da Pocariça, F.S.O. (f. de PEDRO GOMES e ISABEL PIRES):

5 – Pe. JOÃO DE MELO, natural da Pocariça;

5 – CECÍLIA DE MELO, natural da Pocariça cc MANUEL MARQUES (filho de JOÃO MARQUES NETO e ANA ANTÓNIA, n.p de JOÃO MARQUES NETO e de ANA ANTÓNIA, n.m de MIGUEL FIGUEIRA e de ANA ANTÓNIA):

6 – Pe. JOSÉ MARQUES FIGUEIRA, natural da Pocariça.

3 – ANTÓNIA MARQUES, natural da Ourentã cc JOÃO MARQUES, natural da Pocariça (filho de JOÃO MARQUES o Velho e ISABEL FRANCISCA naturais da Pocariça, n.p de MANUEL MARQUES e ANA JOÃO naturais da Pocariça, n.m de FRANCISCO FERNANDES, Vilarinho do Bairro e de MARIA MANUEL, Pocariça):

4 – Pe. JOSÉ BRAVO DE MELO, n. 1664, Ourentã;

4 – Pe. BARTOLOMEU MARQUES DE MELO, n.1675, Ourentã.

2 – ANA FRANCISCA, natural da Ourentã cc JORGE JOÃO, natural da Ourentã (f. de SIMÃO ANTÓNIO, natural da Pocariça e DOMINGAS JORGE, natural da Ourentã):

3 – ANTÓNIO JORGE, F.S.O, natural da Ourentã + MARIA MARQUES, natural do Paleão (f. de MANUEL MARQUES e MARIA GALVÃO, n.p de ANTÓNIO MARQUES, natural da Pocariça e ISABEL GASPAR, de Condeixa e n.m de TOMÁS GALVÃO e ANTÓNIA RODRIGUES, naturais do Paleão):

4 – Pe. JOÃO DE MELO, natural da Pocariça.

Gonçalves, do Bolho

Hoje trataremos dos descendentes de António Gonçalves Cordeiro, do Bolho (Cantanhede). Esta família teve muitos descendentes habilitados de ordens menores e liga-se a outras, que serão tratadas mais para a frente (nomeadamente Amaral, Morais e Ferreira).

1 – ANTÓNIO GONÇALVES CORDEIRO casou com ANA MARTINS:

2 – ANDRÉ GONÇALVES, Bolho cc MARIA ANTÓNIA, Bolho (f. de ANTÓNIO FILIPE e ANA LUÍS):

3 – MARIA ANTÓNIA, n.1620, Casal, Bolho cc MANUEL FRANCISCO, Sepins (f. de PEDRO FRANCISCO e MARIA ANTÓNIA);

4 – Pe. MANUEL FERREIRA, n.1654, Casal, Bolho;

4 – CIPRIANO FERREIRA cc MARIANA FERNANDES, Enxofães, Murtede (f. de DOMINGOS FERNANDES e MARIA ANTÓNIA);

5 – Pe. PEDRO FERREIRA, Enxofães, Murtede.

3 – Pe. SEBASTIÃO GONÇALVES, n.1633, Casal, Bolho;

3 – MANUEL GONÇALVES, n.c. 1640, Casal, Bolho + ANA PEREIRA, natural da Pedreira, Vilarinho do Bairro;

4 – MANUEL GONÇALVES, n.c. 1670, Casal, Bolho + MARIA DE MORAIS, natural de Torres, Vilarinho do Bairro (MANUEL FERNANDES + ISABEL DE MORAIS);

5 – Pe. SEBASTIÃO GONÇALVES, n.c. 1700, Casal, Bolho.

4 – ANA PEREIRA + MANUEL PIRES, (f. de MANUEL PIRES e MARIA ANTÓNIA);

5 – MARIA PEREIRA, n. 1697, Vendas de Samel, Vilarinho do Bairro cc JOSÉ DE MORAIS, Póvoa do Bispo, Ourentã (f. ANTÓNIO DA ASCENÇÃO, barbeiro, Vila do Carvalho, Penacova, e de MARIA DE MORAIS, Póvoa do Bispo, Ourentã, n.p de DOMINGOS FERNANDES, de Hombres, Farinha Podre e de MARIA LUÍS, do Capitorno, Carvalho, e n.m. de ANTÓNIO DE MORAIS, de Torres, Vilarinho do Bairro E ISABEL FRANCISCA, de Torres, Vilarinho do Bairro):

6 – Pe. ANTÓNIO JOSÉ PEREIRA, n.1723, Póvoa do Bispo, Ourentã.

Roque, de Cantanhede

O texto de hoje incide sobre a família alargada de Frei Manuel dos Santos, autor do último capítulo da Monarquia Lusitana e natural da freguesia de Ourentã, em Cantanhede. Alguns destes dados são já do conhecimento público, outros resultam das minhas pesquisas.

1 – ROQUE GONÇALVES cc GENEBRA GONÇALVES, naturais de Cantanhede, tiveram:

2 – ANTÓNIO ROQUE, sapateiro, natural de Cantanhede cc Leonor Jorge, natural da Pocariça (filha de JORGE ANES e LEONOR JORGE), tiveram:

2 – ANTÓNIO ROQUE, sapateiro, natural de Cantanhede cc Leonor Jorge, natural da Pocariça (filha de JORGE ANES e LEONOR JORGE), tiveram:

3 – Padre ANTÓNIO JORGE, n.c 1580, natural da Pocariça, (foi pároco da freguesia de Ourentã, deixou testamento em que instituíu uma capela de 100 missas na, entretanto desaparecida, igreja de São Pedro, em Coimbra);

3 – JOÃO ROQUE, n.c. 1580, natural da Pocariça, ourives da prata em Coimbra, Familiar do Santo Ofício por carta datada de 10 de Março de 1607;

3 – GASPAR ROQUE, n.c. 1580 natural da Pocariça cc Maria Rodrigues, tiveram:

4 – Ldo. MANUEL ROQUE, licenciado em Teologia pela U.C em 29 de Julho de 1643, natural de Coimbra.

3 – MARIA ANTÓNIA, natural da Pocariça cc PEDRO JOÃO, natural do Casal, Bolho (filho de FRANCISCO JOÃO e ISABEL JOÃO) e tiveram:

4 – AMARO JOÃO, natural da Pedreira de Vilarinho do Bairro;

4 – AGOSTINHO JOÃO, natural da Pedreira de Vilarinho do Bairro cc (1626) ISABEL RODRIGUES, natural de Torres de Vilarinho do Bairro, irmã do Bacharel em Cânones, MANUEL RODRIGUES DE MORAIS, (filha de RODRIGO VAZ e ISABEL FERNANDES) e tiveram;

5 – ISABEL PEREIRA, natural de Torres cc (1650) MANUEL DE MATOS, n. 1622, natural de Samel da mesma freguesia (filho de SINFOROSA JOÃO) e tiveram:

6 – MARIANA PEREIRA, natural de Torres + ANTÓNIO FRANCISCO, natural do Marvão, Stº António dos Covões, com geração.

4 – ACÚRSIO PEREIRA, natural da Pedreira, rendeiro do Marquês de Marialva e do cabido de Coimbra em Cantanhede, F.S.O. por carta de 7 de Março de 1669 cc ISABEL GALINDRES, natural de Ourentã (filha de FRANCISCO JORGE GALINDRES, curtidor e sapateiro, natural de Barcouço e de ISABEL JOÃO, natural da Ourentã neta paterna de DOMINGOS FRANCISCO e MARIA QUARESMA e materna de ÁLVARO FERNANDES, sapateiro, e MARIA GONÇALVES naturais da Ourentã), tiveram:

5 – Padre ANTÓNIO PEREIRA GALINDRES, natural de Ourentã;

5 – MARIA PEREIRA, Ourentã cc SEBASTIÃO JORGE PERNAS, natural da Pocariça (MANUEL JORGE PERNA, Familiar do Santo Ofício e de MARIA MANUEL) tiveram:

6 – Frei MANUEL DOS SANTOS, n. 1672, f. 1740, natural de Ourentã, monge cisterciense no Covento de Alcobaça, Cronista-Mor do Reino de Portugal.

Para o futuro fica a publicação detalhada de genealogias de outras famílias da Ourentã, com destaque para os atrás mencionados Perna(s).

Fontes: Arquivo da Universidade de Coimbra, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Registos Paroquiais.

Links com interesse:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Frei_Manuel_dos_Santos

http://c.geneal.over-blog.com/article-26182986.html

Seabra Viana, de Mogofores

Das diversas famílias de apelido Seabra com origem no actual concelho de Anadia (nomeadamente em Sangalhos, Arcos ou Mogofores) destacaria, apenas por conveniência pessoal, o conjunto de famílias que se pode encontrar nos registos paroquiais de Mogofores. Desde logo, é justo destacar o ramo “Seabra da Mota”, o qual é tronco de inúmeras famílias de assinalável projecção social e das quais não tratará o presente texto. Outros ramos dos quais temos notícia são os “Seabra Ribeiro” e, por último, o ramo “Seabra Viana”. Em resultado da fraca qualidade dos registos paroquiais do séc. XVII da freguesia de Mogofores, não obstante das excelentes informações já recolhidas por algumas investigações (nomeadamente no tópico relativo à família Seabra no fórum Geneall) será difícil algum dia alguém descodificar as suas previsíveis relações familiares.
De qualquer maneira, as fontes secundárias também poderão ajudar a clarificar alguns destes enigmas. Um destes exemplos é o caso do espólio de processos de ordenação sacerdotal do Arquivo Distrital de Coimbra (A.U.C.). De acordo com os processos consultados, e tendo em conta que o principal foco das pesquisas foi a família Seabra Viana, é de realçar o seguinte:

1 – António de Seabra “do Ribeiro”, n.c.1620, natural de Mogofores cc Maria da Cunha natural de Eixo (Aveiro), e tiveram pelo menos:

1.1 – Maria da Cunha, n.c. 1650, natural de Mogofores cc Manuel Simões, natural de Arcos (filho de André Simões e Antónia Rodrigues) que tiveram, pelo menos:

1.1.1 – Capitão José da Cunha, natural de Mogofores cc (1704) Domingas Gomes, natural de Mogofores (filha de Pedro Gomes, de Mogofores, e de Cecília João, de Belazaima do Chão, neta paterna de António Gomes de Mogofores e Domingas Rodrigues, da freguesia de Espinho – Mortágua, e neta materna de Gregório João e Isabel Fernandes, de Belazaima do Chão)

1.2 – João de Seabra Ribeiro, n.1646, Mogofores cc Catarina Rodrigues, natural de Santa Madalena de Montemor-o-Velho, tiveram, pelo menos:

1.2.1 – José de Seabra, natural de Mogofores cc Maria Antunes, natural de Carnide (Lisboa), tiveram:

1.2.1.1 – José de Seabra Esteves, ourives da prata, natural de Carnide, Familiar do Santo Ofício por carta de 26 de Novembro de 1745

Por outro lado, as habilitações para o Stº Ofício de João e Domingos Rodrigues Catana revela o seguinte:

1 – Domingos Simões “o Manco”, natural de N.ª Sr.ª da Conceição de Ancas cc Ana Francisca, natural de Montelongo de Areia, Oliveira do Bairro e tiveram, pelo menos:

1.1 – Maria Francisca, mercadora cc Amaro Rodrigues, mercador, natural de Viana (filho de Pero Lourenço e Isabel Rodrigues, naturais de S. Martinho de Coura), tiveram, pelo menos:

1.1.1 – João Rodrigues Catana, contratator dos tabacos, Familiar do Santo Ofício por carta datada de 22 de Fevereiro de 1690, natural de Coimbra cc Antónia Pinto, natural de Santa Cruz de Coimbra (filha de António Pinto, pintor, natural de Tentúgal e Leonor Gomes, natural de Mogofores, neta paterna de Belchior Jorge e Ana Vaz, de Tentúgal, e materna de Estevão Gomes, carniceiro, de Mogofores e Mécia Gomes, de Avelãs de Caminho);

1.1.2 – Antónia Rodrigues, mercadora, natural de Coimbra cc Manuel Pinto, mestre de louça branca, irmão de Antónia Pinto, referida anteriormente, tiveram pelo menos:

1.1.2.1 – Domingos Rodrigues Catana, mercador, Familiar do Santo Ofício por carta datada de 16 de Outubro de 1703, natural de Coimbra.

1.1.3 – Úrsula de Oliveira, natural de Coimbra cc José Rodrigues Ramalho, natural de Évora, F.S.O pr carta de 17 de Outubro de 1689.

Finalmente, o do ramo Seabra Viana sabemos que:

1.1 – António de Seabra Viana, natural de Mogofores cc Ana Rodrigues, natural de ? e tiveram pelo menos:

1.1.1 – Alferes Manuel de Seabra Viana, natural de Mogofores cc Maria Gomes, natural de Mogofores (filha de Pedro Gomes, carniceiro, de Mogofores e Cecília João, de Belazaima do Chão, atrás referidos).

Do atrás exposto realizam-se as seguintes observações:

  • As famílias “Seabra da Cunha” e “Seabra Viana” ligaram-se à família Gomes de Mogofores;
  • A família Rodrigues, com origens em Viana do castelo, também se ligou à família Gomes de Mogofores;
  • O apelido da mulher de António de Seabra Viana é Rodrigues e o seu assento de casamento não se encontra nos paroquiais de Mogofores (nem de Ancas);
  • O apelido/alcunha Viana de António de Seabra poderia ser resultado da existência de homónimos na freguesia, o que se sabe ser verdade, e de Viana ser a origem do seu sogro;
  • Nascimento, em 1645, de António, filho de António de Seabra do Ribeiro e de Maria da Cunha.

Assim, e sendo que a cronologia proposta é perfeitamente razoável, propõe-se a seguinte ascendência para Manuel de Seabra Viana;

1 – Alferes Manuel de Seabra Viana, de Mogofores

Pais:

2 – António de Seabra Viana, de Mogofores;
3 – Ana Rodrigues, de Santa Cruz, Coimbra;

Avós

4 – António de Seabra “do Ribeiro”, n.c.1620, natural de Mogofores;
5 – Maria da Cunha, natural de Eixo (Aveiro);
6 – Amaro Rodrigues, natural de Viana (atrás referido);
7 – Maria Francisca, natural de Ancas (atrás referido).

Algumas das genealogias tratadas – parte 1

  • Moreira – Amoreira da Gândara, Sangalhos
  • da Silva Falcão – Oliveira do Bairro
  • da Fonseca – Avelãs de caminho, Sangalhos
  • de Mariz – São Paio de Arcos
  • de Santiago – Óis do Bairro
  • Rodrigues dos Santos – Outil
  • de Oliveira, Arrancada, Valongo do Vouga
  • Simões (da Costa), São Cristóvão, Coimbra
  • de Morais, Vilarinho do Bairro
  • Ferreira, Cioga do Campo
  • Pereira, Vilarinho do Bairro
  • Saraiva, Arrancada, Valongo do Vouga
  • Gomes Pereira, Meãs, Miranda do Corvo
  • Vaz, Santo António dos Covões
  • de Almeida, Avelãs de caminho, Sangalhos
  • Seabra Viana, Mogofores
  • Teixeira, Cantanhede
  • de Castilho Barreto, São Lourenço do Bairro
  • Nogueira, Portunhos
  • Neto, Santo António dos Covões
  • da Silva, Ouca, Sosa
  • Costa Quinta, Bolho
  • Roque, Pocariça
  • Henriques, Albergaria-a-Velha

A memória futura

Para aqui virão alguns dos meus antigos e outros com os quais me tenha deparado enquanto os procurava. Quando recuamos na história da nossa família passamos inevitavelmente do domínio privado para o público. Alguém que comece, lentamente, a levantar o véu da história familiar irá, certamente, encontrar fragmentos de uma história comum ao seu semelhante. Neste sentido, saber mais sobre nós, ajuda-nos a descobrir o outro. E nesta idade do mundo, nada é mais importante.